Como concentrar-se para entrar em oração?

 4 passos para rezar com tudo aquilo que somos

 

Uma das perguntas que com frequência os jovens nos dirigem é: “Mas como faço para entrar na oração? Como faço a concentrar-me?”. Aqui tento dar algumas sugestões para fazer com que o tempo da oração seja vivido na sua plenitude.

 

Gosto de sublinhar dois aspetos que nos podem ajudar a deixar andar as “pretensões” que temos sobre a oração, de entrar mais livres e ligeiros neste espaço e neste tempo que nos é oferecido.

O primeiro é viver a oração como espaço de gratuidade, um espaço de relação: quando entro na oração é necessário deixar ir a pretensão de ter necessariamente uma intuição, uma consolação, um fruto, pois que é um espaço grátis onde saborear uma Presença, uma Companhia.

O segundo é a oração como espaço de passividade: um espaço onde não devo fazer nada, não me devo comprometer, esforçar, mas é mais um expor-me a uma Presença para me deixar aquecer e fazer emergir a Palavra que já está em mim.

Com este olhar, a oração é um deixar-se fazer por Deus, não é um pensar, mas é experimentar uma Presença, não é falar a Deus, mas é escutar Deus, não é estar com ele, mas é estar nele, não é complemento de companhia, mas de união.

 

Ok, mas como é que entro na oração?

Entro na oração com todo o meu ser, não deixo nada para trás, nada fora, levo tudo à Presença de Deus e oriento-o para Ele. Levo tudo de mim à oração, todo o meu corpo, todo o meu coração, todo o meu espírito, toda a minha mente:

  • Levo comigo o meu corpo, as tensões que sinto, o bater do coração, os nódulos, etc. o meu corpo é instrumento de oração, esta é um ingrediente tipicamente franciscano, são Francisco amava viver no corpo a relação com o seu Senhor e rezava com o corpo. O meu corpo é o lugar do encontro com Deus.
  • Levo também o coração, os afetos, os sentimentos, as emoções, quanto se move dentro de mim; a alegria por uma coisa bela vivida durante o dia, o ressentimento por uma relação, a paz, etc.
  • Levo o espírito, os anseios mais profundos, o desejo de um algo mais que me habita, a necessidade de amar e de ser amado/a, o sentir a presença de Deus que caminha ao meu lado.
  • Levo a mente, os pensamentos que me habitam e que podem dizer respeito ao passado (a memória), o presente (palavras, imagens ideias…) e o futuro (os planos e os projetos).

Escrevia são Francisco aos seus frades:

Todos amemos com todo o coração, com toda a alma, toda a alma, com toda a mente, com toda a capacidade e a fortaleza, com toda a inteligência, com todas as forças, com todo o ardortodo o afetotodos os sentimentos mais profundos, todos os desejos e a vontade o Senhor Deus, o qual a todos nós deu e dá todo o corpo, toda a alma e toda a vida; que nos criou, redimiu, e nos salvará por sua misericórdia

--Regra não bulada XXIII, FF 69

4 passos para entrar em oração deste modo

Tentamos assim traçar 4 passos para entrar na oração:

  1. Escolho um espaço onde rezar e encontro uma posição cómoda, que me ajude a permanecer parado/a e concentrado/a.
  2. Escuto o respiro que me ajuda a estar no aqui e agora, no presente, o único tempo em que possa encontrar Deus e fazer experiência Dele.  A respiração ajuda-me também quando chegam as distrações, não oponho resistência, não as combato, mas acolho-as e deixo-as ir.
  3. Deixo-me olhar, exponho-me à Sua presença, declarar a Deus o meu desejo de estar com Ele. A partir daquele momento deixo-lhe a Ele a iniciativa.
  4. Se me pode ajudar, encontro uma Palavra para repetir, que me ajuda a colocar-me diante de Jesus, com tudo aquilo que sou. Por exemplo parafraseando o Salmo 46: “Pára! Sabe que eu sou Deus”.

Tento seguir o ritmo destes dois movimentos encerrados numa única frase: fica quieto, acalma a corrida, tenta parar o meu coração, os pensamentos, o tumulto da mente, dos sentimentos, das preocupações. Tento parar, recolher-me para saber quem é Ele; sabe que só Ele é Deus.

Estes passos podem ajudar-te a entrar na oração, mas se nas primeiras vezes chegam distrações, se não consegues, não te preocupes, a vida espiritual, como a física, precisa de treino, de tentar, e tentar de novo.

Então bom tempo de gratuidade juntamente com o Senhor!

irmã Carmen – irmãs franciscanas dos pobres

 frei Pedro Perdigão 

 

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