... SERÁ SEMPRE NATAL!

CONTEMPLA O AMOR, SEGUE-O E SERÁ SEMPRE NATAL!

“Hoje em Belém nasceu para vós um Salvador que é Cristo Senhor” (Lc 2,11).

          "E o Verbo fez-se carne e veio habitar entre nós” (Jo 1,14).

 

 

O Natal chegou e no Presépio resplandece a luz de um Menino que nasceu e é o Salvador. Neste extraordinário acontecimento descobrimos o agir e a presença dos vários “actores” onde cada um teve um papel e uma missão bem precisa, onde cada um no fundo respondeu a um "chamamento", a uma específica "vocação": assim Deus Pai, assim o Filho unigénito Jesus, Maria como José, os anjos como os pastores e os Reis Magos.... 

 

Para todos estes protagonistas do natal, podemos também identificar um único denominador, um comum comportamento: o AMOR e portanto o dar-se, fiar-se, responder, pôr-se em caminho... ! Eis aqui o sentido e a mensagem profunda do Natal!

 

E então, também para ti irmão que procuras a tua estrada e a tua vocação, a partir deste dia santo chega uma indicação precisa para as tuas interrogações e o teu discernimento: contempla o Amor e segue o Amor! 

 

Quer dizer: olhando para Jesus que veio na humildade para a nossa salvação, também tu faz-te pequeno e pobre, pão repartido para todos como Ele; oferece-te e pronuncia o teu «eis-me aqui» com a confiança e a disponibilidade de Maria; apressa-te sem te atrasares, como os pastores ao chamamento do anjo, o mensageiro celeste; sê presença mansa e sólida como o justo José; levanta o olhar e segue a estrela divina atrás dos Reis Magos; pede ao Pai que está nos céus que se cumpra também em ti a Sua vontade. Contempla portanto o Amor; segue o Amor e será sempre Natal!

 

 

A tradição do presépio entre os franciscanos

 

A tradição do presépio, tipicamente franciscana, remonta diretamente ao Pobrezinho de Assis, que a "inventou" na noite de Natal de 1223. Eis a sua história na narração de frei Tomás de Celano, primeiro biógrafo de São Francisco.

Como São Francisco "inventa" o Presépio em Greccio (de fr. Tommaso da Celano)

 

Francisco meditava continuamente as palavras do Senhor e nunca perdia de vista as suas obras. Mas sobretudo a humildade da Incarnação e a caridade da Paixão tinha impressas tão profundamente na sua memória, que dificilmente conseguia pensar noutra coisa.

 

A este propósito é digno de perene memória e de devota celebração aquilo que o Santo realizou três anos antes da sua gloriosa morte, em Greccio, no dia do natal do Senhor. Havia naquele lugar um homem de nome João (...). Cerca de duas semanas antes da festa da natividade, o bem-aventurado Francisco, como frequentemente fazia, chamou-o a si e disse-lhe: «Se queres que celebremos em Greccio o Natal de Jesus, precede-me e prepara quanto te digo: queria representar o Menino nascido em belém, e de certo modo ver com os olhos do corpo as dificuldades em que se encontrou pela falta das cosias necessárias a um recém-nascido, como foi deitado numa manjedoura, e como jazia sobre a palha entre o boi e o burrinho».

 

Apenas ouviu isto, o fiel e pio amigo, foi solícito a preparara no lugar designado todo o que era necessário, segundo quanto exposto pelo Santo.

E chegou o dia da alegria, o tempo da exultação! Para a ocasião foram aqui convocados muitos frades de várias partes; homens e mulheres chegam festosos das aldeias da região, trazendo cada um segundo as suas possibilidades, círios e lanternas para iluminar aquela noite, na qual se acendeu esplêndida no céu a Estrela que iluminou todos os dias e os tempos.

 

Chega por fim Francisco; vê que tudo está predisposto segundo o seu desejo, e está radiante de alegria. Agora acomoda-se a manjedoura, coloca-se aí o feno, e introduzem-se o boi e o burrinho. Naquela cena comovente resplende a simplicidade evangélica, louva-se a pobreza, recomenda-se a humildade: Greccio tornou-se como uma nova Belém.

Esta noite é clara como em pleno dia e doce aos homens e aos animais! O povo acorre e alegra-se com uma felicidade nunca experimentada antes, diante do novo mistério. A selva ressoa de vozes e os penhascos imponentes ecoam os coros festivos.

 

Os frades cantam louvores escolhidos ao Senhor, e a noite parece toda, um suspiro de alegria. O Santo está ali estático diante do presépio, o espirito vibrante de compunção e de felicidade inefável. Depois o sacerdote celebra solenemente a Eucaristia sobre o presépio e ele mesmo saboreia uma consolação nunca saboreada antes.

 

Francisco revestiu-se com os paramentos diaconais porque era diácono, e canta com voz sonora o santo Evangelho: aquela voz forte e doce, límpida e sonora arrebata todos em desejos do céu. Depois fala ao povo e com palavras dulcíssimas reevoca o recém-nascido Rei pobre e a pequena cidade de Belém. Com frequência, quando queria nomear Cristo Jesus, ferido de amor celeste chamava-o «o Menino de Belém», e aquele nome «Belém» pronunciava-o enchendo-se a boca de voz e ainda mais de terno afecto, produzindo um som como o balido de ovelha. E sempre que dizia «Menino de Belém» ou «Jesus», passava a língua sobre os lábios, quase a gostar e entreter toda a doçura daquelas palavras.

 

Manifestam-se com abundância os dons do Omnipotente, e um dos presentes, homem virtuoso, tem uma admirável visão. Parece-lhe que o Menino jazia privado de vida na manjedoura, e Francisco aproxima-se-lhe e desperta-o daquela espécie de sono profundo. Nem a visão prodigiosa discordava dos factos, porque, pelos méritos do Santo, o Menino Jesus era ressuscitado nos corações de muitos, que o tinham esquecido, e a lembrança dele permanecia impressa profundamente na sua memória. Terminada aquela solene vigília, cada um regressou a sua casa cheio de inefável alegria. (Da vida de Francisco - Fontes Franciscanas 84 - 86).

 


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