Encontro com a Palavra de Deus – SOLENIDADE DO PENTECOSTES

SOLENIDADE DO PENTECOSTES

    

4 de Junho de 2017

 ANO A

 

AS LEITURAS DO DIA 

Act 2, 1-11: Todos ficaram cheios do Espírito Santo.

Salmo 103: Mandai, Senhor, o vosso Espírito, e renovai a terra.

1 Cor 12, 3-7.12-13: Todos nós fomos batizados num só Espírito.

Evangelho: Jo 20, 19-23: Recebei o Espírito Santo.

 

A PALAVRA É MEDITADA

"Não vos deixarei órfãos" tinha dito Jesus aos seus amigos, anunciando-lhes o seu regresso ao Pai; "mandar-vos-ei o Espirito Santo". E para os ajudar a compreender quem fosse, aquele misterioso Espírito, chamou-o Paráclito, termo então usado para designar um advogado defensor, um conselheiro amigo, um apoio nas dificuldades.

Aquela promessa, as leituras de hoje dizem que Jesus a cumpriu duas vezes. Da primeira fala o evangelho: no mesmo dia da ressurreição, manifestando-se aos apóstolos, Jesus "soprou sobre eles e disse: Recebei o Espirito Santo", acompanhando o dom com palavras que exprimiam a sua finalidade: "Como o Pai me enviou a mim, também eu vos envio a vós; a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e a quem os retiverdes serão retidos".

O Espirito é portanto a força divina que sustém os apóstolos na missão que lhes foi confiada, o conselheiro que os guias no decidir quem tornar participante e quem excluir dos benefícios da redenção. Estas tarefas, confiadas aos apóstolos encontram clareza noutras páginas da Escritura; aqui afirma-se que ao cumpri-las eles não são deixados a si próprios, mas podem contar com a assistência divina.

Outra realização da promessa de Jesus, é narrada na 1ª leitura. O dia de Pentecostes (isto é, o quinquagésimo depois da Páscoa, o décimo depois da ascensão de Jesus ao céu) o dom do Espirito Santo acontece de forma sensível: uns rumores de trovão, um vento tempestuoso, línguas de fogo que poisam sobre cada um dos presentes, fortalecem-nos na perceção de uma realidade espiritual. Acontece como para a Ascensão: Jesus volta ao Pai logo depois de ter ressuscitado; quarenta dias depois "faz-se ver" na sua subida, para socorrer os limites da humanidade em perceber os eventos que por sua natureza escapam aos sentidos.

Um particular é depois importante no alto dom do Espirito: as imediatas consequências da parte de quem o recebeu. O Pentecostes era já uma festa hebraica, e em Jerusalém chegavam para a ocasião, hebreus da diáspora, habitantes em todos os Países do mundo então conhecido (o elenco que dá esta página da Escritura é um belo documento de geografia histórica).

Enquanto antes estavam fechados em casa por medo, apenas foram robustecidos pelo Espirito Santo os apóstolos põem-se a falar, anunciando a todos "as grandes obras de Deus". Eles começam assim a cumprir o mandato recebido no dia de Páscoa; começa a missão da Igreja, destinada a todos os homens de todos os povos. Liga-se a este aspecto a leitura de hoje tirada da primeira carta de Paulo aos Cristãos de Corinto, os quais vivem num cenário bem diverso: os acontecimentos de Jerusalém são distantes no espaço e no tempo, e eles provêm não do mundo hebraico mas do pagão.  

Relativamente ao Espirito Santo o apóstolo lembra-lhes muitas coisas, provavelmente daquelas já explicadas de viva voz: recorda que o Espirito Santo é Deus; que move os homens a reconhecer em Jesus o redentor; que distribui dons diversificados segundo os destinatários, para que cada um dê frutos diversos, para a utilidade comum; que o receberam com o batismo, e sem distinções de raça ou de condição social. Interessa particularmente a nós o facto que o receberam também eles: e portanto o Espirito Santo não foi dado só aos apóstolos, nem só aos hebreus, mas a todos quantos professam a fé em Jesus. O Pentecostes portanto, diz-nos respeito; a promessa de Jesus de não deixar órfãos os seus amigos, diz respeito a todos os homens de todos os tempos e nações; também nós, explica o apóstolo Paulo, "nós todos fomos batizados num único Espirito, para formar um só corpo". É o místico corpo de Cristo; é a sua Igreja."

 

 

A PALAVRA É REZADA

Vem, luz verdadeira. Vem, vida eterna. Vem, mistério escondido.  
Vem, tesouro sem nome. Vem, realidade inefável.  
Vem, pessoa que nenhuma mente pode compreender.  
Vem, felicidade sem fim. Vem, luz sem ocaso.  
Vem, esperança verdadeira de quantos serão salvos.  
Vem, despertador de quem dorme. Vem, ressurreição de quem está morto.

Vem, ó Poderoso, ó tu que tudo fazes, refazes e transformas só com o teu querer. Vem, invisível, de tudo inatingível...
Vem alegria eterna. Vem, consolador perfeito da pobre minha alma. Vem, doçura, glória, minha felicidade sem fim.  
Agradecer-te-ei por te teres feito para mim luz inextinguível,  
sol sem ocaso porque não tens onde te esconder,  
tu que enches o universo da tua glória ...
Vem, Senhor, estabelece hoje em mim a tua tenda,
põe ali a tua habitação, fica para sempre, sem te separares, até ao fim em mim, teu servo, tu que és bom,  
para que aos meu sair e depois da minha saída deste mundo eu seja encontrado em ti e reine contigo, Deus acima de tudo…  
e faz que, olhando-te sem interrupção, eu que estou morto, viva; possuindo-te, eu pobre me torne rico; e serei mais rico que todos os reis; comendo e bebendo e revestindo-me a seu tempo de ti, eu me encontre entre os bens inefáveis,
e aí estarei vivendo plenamente. Pois que tu és todo o bem, toda a glória, toda a felicidade. A ti convém a glória, consubstancial e vivificante Trindade, venerada, confessada, adorada e servida por todos os fiéis, agora e sempre, e pelos séculos dos séculos.

Ámen.

 

 (In Qumran, e La Chiesa: tradução livre de fr. José Augusto)

 

 


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